quinta-feira, 23 de julho de 2020

Entrevista com Sandra Godinho

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? O livro foi publicado de forma física pela Editora Penalux, num trabalho maravilhoso de diagramação e numa atenção diferenciada que os editores Tonho França e Wilson Gorj me deram desde as primeiras trocas de ideias a respeito dos caminhos a serem adotados até a publicação. A vantagem da publicação pela forma online é a facilidade maior de leitura, uma vez que o acesso é pleno para quem possui um dispositivo do tipo kindle. Por outro lado, há os amantes do livro físico que ainda se encantam com o cheiro e o contato do texto bem ao alcance das mãos.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Lançar um livro não envolve apenas a dedicação do autor a uma história que ele julga essencial, é encarar o livro como um produto a ser consumido que leva a sua assinatura. É importante que tenha passado por uma leitura crítica (se possível com copidesque) e revisão. É importante também que traga um estilo próprio e originalidade. Escreva algo que seja único, não algo que seja mais do mesmo. Seja relevante.

Como vê a literatura no Brasil? A literatura no Brasil é pulsante e muito eclética, tempos novos escritores pululando por todo o país em gêneros diversos. Os autores brasileiros resistem e persistem porque a literatura é outra forma de se engajar, é fonte de conhecimento e de entretenimento, é mantenedora da cultura, retrato de costumes de uma época, fonte fidedigna de pesquisa antropológica, psicológica e social de um povo.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Criar políticas de fomento à cultura é atribuir-lhe a devida importância, enquanto tivermos governantes que não atribuem à literatura um papel de destaque, dificilmente poderemos incutir em nossos filhos e crianças seu valor. O hábito da leitura, a capacidade crítica e de discernimento é um dos benefícios que a literatura nos traz. Então é preciso dar exemplo e o exemplo deve vir de cima, governantes, pais e professores.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Da forma que puder, ainda mais agora sem o apoio de grandes espaços livreiros: entre os amigos, pela internet, nas escolas, na imprensa, nas redes sociais, entre os amigos blogueiros que abrem espaço aos iniciantes, tudo é válido num momento em que a Arte e a Cultura do país parece decrescer, com os espaços que lhe são próprios diminuídos .

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Escrever sempre fez parte de minha vida, sempre gostei de me deixar escorrer pelas páginas em branco, mas somente recentemente é que despertei para o desejo de seguir por esse caminho de forma mais profissional, com maior embasamento teórico. Minha formação é basicamente em Estudos da Linguagem, não na literatura em si, mas sempre é tempo de se reciclar. Ou de se descobrir. Escrever é outro modo de viver. Ou de sangrar.

A internet influencia na carreira do escritor? A internet é uma ferramenta imprescindível para manter o escritor atualizado e sintonizado. Ela é valiosa para pesquisa de temas, troca de correspondência, aquisição de informação, além disso, permite o acesso a documentos e a sites especializados. O google maps, por exemplo, fornece uma visão muito real de ruas e de praças, de forma que o autor nem precisa conhecer in loco o cenário onde sua história se desenrola. Mas deve ser encarada assim, como uma ferramenta. A carreira do escritor, o amadurecimento de sua escrita vem da leitura de textos diversos e muita reescritura, apurando o texto, tirando o desnecessário. Somente se torna um bom escritor quem reescreve e revisa.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Quem lê expande sua vida porque a cada nova história, o leitor conhece novos mundos, cria empatia com pessoas e situações que, de outra forma, não teria acesso. O meu recado é para que leiam para criar conhecimento, leiam para transcender seu tempo e seu espaço. Leiam para se emocionarem com histórias que nos tornem mais humanos.


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terça-feira, 14 de julho de 2020

Entrevista com Edson Capistrano Costa

Edson Capistrano Costa, tem 53 anos, é agente de trânsito da cidade de Olinda. Pai de 3 filhos(Beatriz, Maximiliano e Maria Laura.

Como e quando começou a escrever? Desde a minha infância sempre amei escrever e já escrevia contos que as pessoas se admiravam.

Quais escritores mais te inspiram? Sempre fui um ardoroso fã de aventuras fantásticas e Roberto Howard é sem dúvida um exemplo a ser seguido.

Quais são seus livros favoritos? Amo todos os livros de aventuras e ficção e lembro de um que tinha em minha casa ainda criança(O senhor dos anéis).

Como foi o processo de publicação do seu primeiro livro? Não foi uma experiência muito boa, sofri com atrasos e tive muitos gastos financeiros, o que prejudicou muito no processo de entrega, a ansiedade foi à mil.

Quais dicas você compartilharia com quem deseja fazer publicações também? Diria para ter muita paciência, algum dinheiro reservado para fazer a capa, diagramação, revisão e por aí vai... Isso, claro se optarem por serem autores independentes.

Como é o processo de criação dos seus personagens? O processo de criação dos meus personagens vem desde a minha infância. Já tinha todos eles em minha mente. Quando completei dez anos meus personagens já estavam todos processados, prontos para se eternizar nas quadrilogias do universo de Yuthan.

Quais eventos literários você já participou como escritor e leitor? Sempre fico atento aos eventos literários que acontecem em Pernambuco. Tive o prazer de ir como leitor da Bienal do livro em Olinda e como escritor na reabertura da biblioteca pública de Olinda. Fiz também uma breve apresentação do meu trabalho na Fliporto. Sigo aguardando novos convites, o mundo precisa conhecer o meu trabalho.

Além da escrita, o que mais você gosta de fazer? Sou um homem mais reservado gosto de curtir minha família, e posso dizer com sinceridade que quando faço minhas caminhadas e chego em casa, o que me causa paz e tranquilidade é uma boa dose de café adoçado com mel de abelha. O café me dá um UP para escrever.

Pode compartilhar com a gente quais são seus projetos futuros? Tenho vários projetos, vou revelar dois que eu tô querendo muito que se concretize. Depois que concluir a minha quadrilogia, pretendo escrever um livro de auto ajuda, tenho muito amor à vida e quero compartilhar meus conselhos com todos que anseiam por um pedido de socorro. Vai se chamar “O lago das minhas águas”. E tô querendo lançar um livro infantil também em homenagem aos meus filhos. Quero que eles saibam o quanto os amo e o quanto eles são importantes na minha vida. 

Sinopse do livro: Num distante mundo chamado Yuthan, os seus sete reinos sofrem com as guerras, a carnificina, a destruição com as cinzas das suas principais cidades consumidas em chamas se confundindo com as nuvens no céu persistindo por quase cem anos. Quando sobre uma épica batalha entre as duas mais poderosas nações deste mundo, uma ínfima luz começa a surgir, o seu brilho segue aumentando, aumentando... até que diante dos ensanguentados e moribundos soldados, um meteoro vem a se chocar, e deste dia em diante, todo o destino de um mundo inteiro será moldado pela volta da paz.

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(Livro disponível no Formato Físico)

sábado, 11 de julho de 2020

Entrevista com Paula R. Cardoso Bruno

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? Comecei publicando no Clube de Autores em 2011. Lá eu tinha a opção de físico e ebook, mas em 2017 entrei na Amazon exclusivamente com os ebooks. Desse modo no Clube ficaram apenas alguns físicos. Publicar em ebook, especialmente na Amazon, tem várias vantagens, a mais clara é o preço. Lá eu consigo publicar os livros a partir de apenas R$1,99 - um valor que acredito ser bem baixo e acessível apesar de toda a dedicação e trabalho envolvido. Posso dizer que levo meses até que a ideia se forme e feche completamente na minha cabeça até que todo o processo seja finalizado. Antes de começar a tomar corpo no computador preciso que a trama esteja completa, não vou criando e escrevendo. Alguns autores fazem fichas, rascunhos e roteiros. Eu não sigo exatamente essas etapas, tenho uma metodologia própria na construção, ou melhor, no relato e transcrição dos sonhos, raiz da maioria das minhas histórias. Alguns dos meus livros chegam a passar fácil das 400 páginas, mas mesmo assim mantenho preços baixos. Alguns eu até coloco um pouco a mais, mas nada comparado ao preço praticado em 2011 na outra plataforma. Desse modo, além do KindleUnlimited, o leitor tem a oportunidade de comprar vários livros na Amazon e curtir as histórias, que é o objetivo de todo autor, ser lido.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? O conselho que sempre dou é: Escreva aquilo que você gostaria de ler. Sei que existem as modinhas e os temas que estão em alta, que muitos autores escrevem seguindo as tendências, mas eu não me enquadro muito nessa metodologia de “busca” pelo leitor. Talvez não seja a melhor estratégia para estar entre as autoras mais lidas, mas é assim que sempre fiz e será assim sempre.

Como vê a literatura no Brasil? A literatura brasileira é extremamente rica. Temos os clássicos, os grandes autores que estão na mídia e recebem grandes incentivos, mas existe uma infinidade de nomes, ainda desconhecidos, que escrevem histórias incríveis. O brasileiro é criativo demais e merecia ter um espaço maior para expor as suas histórias. O incentivo dado aos grandes autores deveria ser estendido aos “anônimos”. Isso é uma utopia? Com certeza, mas sonhar faz parte da essência de todo autor.

Nesse ponto é preciso destacar que plataformas como o Clube de Autores e a Amazon colaboram muito para que o autor independente tenha a chance de ser lido. Nem todo mundo tem condições de investir em uma grande editora, isso quando tem a chance de ter o seu original aceito. É um universo muito seletivo, mas muito político, também. É preciso que haja uma intervenção, caso contrário o seu original ficará encalhado com muitos outros. É triste, mas é a verdade.

As pequenas e médias editoras estão abrindo mais portas para os autores nacionais, mas é um longo caminho a ser percorrido. Os eventos literários, como a FLIP e a Bienal também são espaços importantes para a literatura nacional. Ainda não tive a oportunidade de estar lá em um stand de editora, mas quem sabe um dia!

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Incentivo a leitura desde a infância não apenas na escola, mas dentro de casa. Infelizmente ainda temos um número muito grande de pessoas que não valorizam a contação de histórias desde os primeiros anos de vida. A meu ver, apresentar o universo da fantasia estimula a imaginação, a criação, mas também o senso crítico. A criança é colocada diante de termos novos e buscará saber do que se trata. São benefícios intermináveis que terão reflexo na sua formação, inclusive, como cidadão.

A criança que cresce com um livro na mão com certeza se tornará um grande leitor e propagará a ideia. Ela se aproximará de pessoas que gostam do mesmo tipo de história, criará vínculos e amizades muito mais saudáveis.

Posso até dar o meu depoimento como filha e como mãe.

Eu cresci em meio aos livros. A minha mãe fazia parte do antigo “Círculo do Livro” que hoje muita gente sequer conhece. Ela sempre leu, eu e o meu irmão, seguimos o mesmo caminho. Crescemos lendo Monteiro Lobato. Aliás, eu lia as histórias em voz alta enquanto os meus pais preparavam o jantar. Era uma forma de me introduzir no mundo da literatura e praticar a leitura em voz alta. Fiz o mesmo com os meus filhos. Tanto a Luisa, quanto o Luiz gostam de ler. A Luisa, inclusive, já está envolvida no universo literário. Ela, que tem 24 anos, já publicou o seu primeiro conto, o meu genro também é autor, mas eles atuam mais nos bastidores, com revisão, por exemplo.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Eu uso as minhas redes sociais e todas as ferramentas disponíveis. Fazer parte de grupos, usar as tags literárias e interagir com os leitores ajuda muito nessa construção do público.

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Comecei em 2011, mas não com as minhas obras. Eu sempre quis escrever, mas tinha medo de me expor. Comecei então escrevendo FICs de Crepúsculo ainda no Orkut. Foi nessa época que escrevi o meu primeiro romance “Destino” e enviei para todas as leitoras da minha comunidade como presente de Natal daquele ano. Elas gostaram e foi o ponto de partida para que a coragem me dominasse.

Eu não tinha planos de seguir em frente. Os primeiros livros foram literalmente dados, mas com o tempo fui me envolvendo. Hoje a vida de escritora faz parte de mim.

A internet influencia na carreira do escritor? A internet sem dúvida facilita a nossa vida. Por meio da internet publicamos os livros e trabalhamos na divulgação. As redes sociais são uma verdadeira ponte entre o autor e o leitor.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Gostaria muito de agradecer inicialmente por essa oportunidade de estar expondo um pouco sobre a minha história como autora. Foi incrível. Senti-me imensamente feliz quando recebi o convite. Estou literalmente sorrindo.

Aos meus leitores eu só posso agradecer pela honra de lerem os meus sonhos. Amo quando me procuram e os debates que travamos inbox nas redes sociais sobre os livros. Esse envolvimento é tão incrível que me dá gás para seguir escrevendo.

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