Entrevista com
Ludmila da Silva Lima Bahia
Blog: Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu?
Ludmila: O pior geminiano comecei publicando online, mas no meio do processo, a pedidos, eu enviei para a Editora Sinna o meu original e ele foi aceito, me enviaram uma proposta que amei e fechei a publicação do livro com eles. Hoje em dia, O pior geminiano só está disponível, completo, online pela Amazon.
Ludmila: O pior geminiano comecei publicando online, mas no meio do processo, a pedidos, eu enviei para a Editora Sinna o meu original e ele foi aceito, me enviaram uma proposta que amei e fechei a publicação do livro com eles. Hoje em dia, O pior geminiano só está disponível, completo, online pela Amazon.
Eu acho que as vantagens e desvantagens depende muito do autor e do
público que ele tem. Eu tive as duas experiências e ambas são incríveis. Cada uma tem os seus pontos fortes. Publicar com uma editora consegue dar mais visibilidade para o autor no mundo offline, geralmente as editoras tem contato com eventos literários, feiras literárias e isso ajuda bastante ao autor estreante. Elas também já tem contato com profissionais de toda a cadeia de etapas que o livro vai passar, então conhecem ótimos capistas, diagramadores, revisores. A desvantagem maior, para mim, é que nem todas as editoras dão a possibilidade do autor participar dos processos e escolhas do livro. (o que não foi o que aconteceu comigo). Na publicação online você tem que conhecer um pouco do mercado, conhecer profissionais para ajudar na revisão e formatação do livro e pode ser algo bem solitário. Enquanto na publicação física você tem que dar os seus 50% para ajudar o seu livro crescer, na online é 100%. Fica tudo sobre a sua supervisão e aprovação. Mas isto pode tornar-se um ponto forte e de amadurecimento muito grande. Recomendo as duas experiências.
Blog: Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro?
Ludmila: Se joga! Acredite no seu livro, nas suas histórias. Se enviar para as editoras e receber como resposta que não está bom para o catálogo, tenta entender no que pode melhorar e se mandou para uma editora que publica o gênero da sua história. Procure também saber sobre a publicação independente, procure conhecer o mercado editorial, as editoras que estão em alta e as que não e qual o motivo para isso. No entanto, nada de desistir. Siga o seu coração!
Blog: Como vê a literatura no Brasil?
Ludmila: Eu sempre amei a literatura nacional, mas ainda a acho elitizada, masculina e branca. Estamos mudando a cara da literatura e das publicações, mas isso não acontece da noite pro dia. No entanto, me orgulho cada vez mais de poder ver as obras que produzimos hoje. Dá orgulho demais termos nomes como Conceição Evaristo, Raphael Montes, Eliane Cruz, Elisa Lucinda, Vinícius Grossos, Thati Machado em voga. Ser contemporânea desse povo talentoso é demais para mim!
Blog: O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada?
Ludmila: Para valorizar a literatura nacional é necessário investimento e desmistificar vários mitos, principalmente o de que não é possível ter obras incríveis no país. Spoiler: é possível e temos sim. Digo que primeiro é necessário investimento nos autores nacionais e nas pequenas editoras que vem publicando diversos gêneros e obras de qualidade que a demanda das grandes editoras não conseguem captar. Em segundo, pensar na formação de público para esse setor. A maioria dos autores hoje fazem os papéis de divulgadores da literatura nacional, de produtores de boa literatura e também estão nas escolas, parques e bibliotecas fazendo projetos de leitura e formando leitores. Acho que temos que mostrar aos alunos e a população em geral, desde de cedo, o quão talentosos somos e que intelectualidade e literatura é para todo mundo. Todo mundo pode produzir coisas boas! É possível aprender a ser leitor e escritor, na verdade a maioria dos escritores estudará sobre a escrita e sobre o seu próprio processo de produção de livros a vida toda.
Ludmila: Hoje em dia contamos com grupos no facebook de divulgação para vários gêneros literários. Também podemos utilizar outras redes sociais como twitter, instagram,fazer anúncios pagos nessas redes sociais, divulgação por parceria, sorteios, cartões de visita, marcadores, chaveiros, banners... Depende muito... Cada forma de divulgação vai ter sua especificidade. O que digo é que o autor tem que observar onde o seu público está ou poderia estar. Um exemplo: você está lançando um livro de romance e a protagonista é uma cozinheira. Você pode começar a divulgar o livro nos grupos de romance no facebook, mas também pode criar um instagram culinário, onde posta receitas (se não sabe nenhuma, publica receita de revistas e sites dando os créditos,com fotos ilustrativas, e depois pode pedir para os seus leitores e seguidores desse instagram mandar as próprias fotos, receitas de família) e também faz a divulgação do livro neste instagram. Seu publico leitor do livro pode se interessar pelo instagram e o publico do seu instagram pode se interessar pelo livro. É uma estratégia de divulgação que pode funcionar, mas se seu público for adolescente ele vai estar procurando sobre culinária no instagram? Ou em redes e sites como
Twitter, Pinterest, Tumblr, Tik Tok? Enfim, então existem várias estratégias possíveis para a divulgação e cada uma vai trazer um resultado diferente de acordo com o seu público.
Blog: Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira?
Ludmila: Não. Eu comecei a escrever muito cedo, com 9 anos. Com 11 anos participei de um concurso, não ganhei mais tive minha redação exposta no museu da Marinha aqui no Rio e mesmo assim a ideia de publicar um livro e ter uma carreira literária era muito distante para mim. Mas foi a partir do momento que eu comecei a publicar online e alcancei leitores do Brasil todo e fora dele, como em Angola e Moçambique, que eu percebi que sim, essa deveria ser a minha carreira. E tenho planejado cada vez mais me dedicar a isso.
Blog: A internet influencia na carreira do escritor?
Ludmila: Sim, muito. É uma chance de conexão com os leitores, com produtores de eventos literários, com booktubers, blogueiros e pessoas que amam e se dedicam à literatura. E influencia até na produção das obras do escritor. Hoje em dia temos ferramentas a disposição para irmos em lugares que nunca pensamos ir. Ver empreendimentos, pessoas que inspiram, surgimento de gêneros... Enfim, influencia bastante positivamente. Mas, temos o lado ruim para a carreira que é enfrentar a chance do plágio de sua obra, a pirataria em massa.
Blog: Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog:
Ludmila: Agradeço demais por terem lido até aqui, por estarem comigo em todos os momentos! Esse ano promete e espero poder estar cada vez mais perto de vocês. Aos seguidores do blog que não me conheciam, quero dizer que é um prazer estar por aqui. Abrindo-me para essa entrevista. Se gostou da minha participação, comenta aí para que eu venha mais vezes e me siga nas redes sociais. Muito obrigada, Gabriella Gasparoni!
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Email: contato@ludmilabahia.com.br
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A leitura dos primeiros capítulos é grátis, acesse aqui
Ameei poder ser entrevistada aqui no blog! Obrigada por essa oportunidade :D
ResponderExcluirBeijos