sexta-feira, 9 de outubro de 2020

ENTREVISTA COM MARTA SAMÔR

Marta nasceu em Ubá-MG e trabalhou durante muito anos com educação infantil (em MG e no ES). Hoje, aposentada, se dedica a literatura infantil. Divide seu tempo entre a família, escolas, bibliotecas e comunidades. Semeia livros, conta histórias e sempre incentiva as crianças a descobrirem o mundo maravilhoso da leitura!
 

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro?  LANÇAR!!!! O meio mais rápido acredito ser com recursos próprios. Temos as leis de Incentivo Cultural. (Municipal, Estadual e Federal) e também podemos procurar uma empresa, fazendo uma parceria(já utilizei todos esses meios).

Quando e como começou a trabalhar com contação de histórias? Aí começa uma nova história! Na verdade, nunca pensei em ser  escritora e nem contadora de histórias. Como escritora foi devido a uma cirurgia que fiz e acabei ficando sem voz por um bom tempo. Sem poder trabalhar na Creche e, faltando mais ou menos 1 ano e meio para eu aposentar, rodei a baiana e fiquei na secretaria para completar o tempo. Algumas professoras me pediam as histórias que eu criava para trabalhar como, por exemplo cores, ou formas geométricas, ou amizade.  Eu as escrevia , preparava as atividades e elas trabalhavam. Um dia, uma delas me disse "Marta, entra em um concurso, quem sabe você consegue publicar?" - Entrei e consegui (Dois Grandes Amigos)  e a partir daí até contar histórias, foi  quando minha voz melhorou (com muita fono).

“Contar histórias” funciona apenas com crianças? NÃO!!! Quem não gosta de uma boa história?!  Quem é que não conta uma historinha?!! (no bar com amigos, por exemplo). Contar histórias é relembrar o passado, é viver o presente, e sonhar com o futuro...  Muitos acham ainda hoje que história é  só  para criancinhas... As histórias  são  SIM para crianças de 0 a 100 ou mais anos! As histórias estão renascendo em todo o mundo, desafiando às  novas tecnologias  e abrindo espaço no  corre corre de muitas pessoas.

Contar histórias é algo que se aprende? Sim. Temos hoje cursos maravilhosos, em quase todas as cidades . Evidentemente, assim como em outras artes, temos também aquelas pessoas que já nascem prontas.

Como estimular a leitura entre alunos de idades diferentes?  Muitas vezes temos em casa uma grande biblioteca que não é usada e está sempre bem arrumada (talvez para retratos e entrevistas. A escola, deveria dar mais oportunidades para o desenvolvimento da criatividade dos alunos, criando momentos de apresentações de trechos das histórias lidas pelos alunos talvez com teatro/fazer jogral, concursos de causos engraçados,  entrevistar as pessoas da comunidade etc., talvez estimulasse mais a procura pelos livros... Tenho  trabalhado com jovens através de músicas como “ A vida é um moinho” (Cartola), “Como Diria Dylan” (Zé Geraldo)... e tem dado bons resultados.  As regras são sempre as mesmas, variando é claro de acordo com a idade. (Os livros digitais são também uma realidade, não podemos esquecer).

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Temos escritores maravilhosos,  importantes, fantásticos!!! Porém desconhecemos... Damos mais valor ao que é de outro país.  Para que NOSSA LITERATURA seja mais valorizada, precisamos de conhecê-la  e AMÁ-LA! A  LEITURA NOS FAZ CIDADÃOS  MAIS PENSANTES E FELIZES.

Marta Samôr tem 5 livros publicados: Dois grandes amigos. Joãozinho, o Marinheiro Azul. Azabum, mágico ou palhaço?. Quili e os números. As três bruxinhas. Para adquiri-los, entre em contato pelo email martasamor48@gmail.com



terça-feira, 15 de setembro de 2020

ENTREVISTA COM FELIPE MELO

"(...)Questionem a escrita e o enredo, 

se perguntem como poderia ter sido melhor. 

Se permitam buscar temáticas diferentes, 

fujam do óbvio, do chato, do repetitivo, 

se apaixonem pelo que não conseguem entender. 

Escrevam, não para leitores, 

mas para si mesmos. (...)"

Felipe Santiago Martins Coimbra Melo, nascido no interior de Minas Gerais (atualmente residindo em Praga, na República Tcheca), é Engenheiro de Software e baterista por hobby.

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? Publiquei de forma física. A primeira vantagem que percebo é a do acabamento. Pode-se investir não apenas no conteúdo mas também no material. No meu caso, o trabalho foi muito bem feito pela editora, desde a escolha do papel até o formato impresso (o livro é quadrado ao invés de retangular). A desvantagem é que a promoção se torna mais difícil, bem como a venda, pois envolve postagem.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Simplesmente faça. Não espere uma grande ideia, o momento certo, o aceite da editora e outros obstáculos que estão fora do seu controle. E aquilo que escrever, escreva para agradar seu coração e sua mente. Se mais corações e mentes também forem agradados, quanto melhor, mas isso deve ser apenas um efeito colateral, pois também está fora do seu controle. Se você pensa em viver de literatura, consiga antes um trabalho que te dê tempo para escrever, pois a menos que você se venda ou tenha sorte de genuinamente apreciar gêneros de fácil circulação, esse sonho vai demorar. Além disso, a escrita, como qualquer outra habilidade também precisa de treino, portanto, treine todos os dias!

Como vê a literatura no Brasil? O Brasil, historicamente, não é um país de leitores, no meu entendimento. Parece não fazer parte de nossa cultura, ou ser algo que buscamos naturalmente. Vivo há cerca de dois anos em Praga e aqui é muito comum ver crianças lendo dentro de trens ou metrôs. A explicação talvez esteja no fato de que logo ao lado, os pais fazem o mesmo. É um círculo virtuoso. Já no Brasil parece não haver muito estímulo. Tivemos até um presidente da república que certa vez disse não ler por "ser muito chato e dar sono".

Por outro lado, talvez por seguir o estilo americano, o brasileiro é afeito a blockbusters. Os livros de Paulo Coelho, Augusto Cury e similares dão o exemplo. Todo elemento que tem muita exposição mediática parece ganhar nossa atenção sem incondicional. Os exemplos mais recentes que tenho são O Código Da Vinci, Cinquenta Tons de Cinza e, ainda mais recente, Sapiens. Foram muito lidos, ou pelo menos comprados. Mas antes foi necessária uma exposição agressiva em mídias diversas.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Do lado das editoras, diminuir o custo de aquisição, o que dependeria do custo de produção, o que dependeria de políticas de fomento, coisa que nesse momento vejo muito distante. Do lado dos escritores, originalidade e sinceridade. Escrever mais do mesmo e com foco apenas na aprovação do leitor não despertará mais interesse do que antes. Do lado dos leitores, perder a "síndrome de vira-latas", deixando de entender apenas o que vem de fora como tendo valor e, principalmente, ampliar um pouco os horizontes e deixar um pouco de lado os roteiros de sempre como "um empresário lindo e rico que se apaixona pela plebeia", ou "a mulher que se machucou em relacionamentos passados e agora teme um novo amor", e coisas desinteressantes na mesma linha. Nossa história é riquíssima, bem como nosso folclore, e precisamos explorar isso em todas as pontas da cadeia.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Logo após a publicação eu usei muito o facebook, mas confesso que como faço por gosto, o que me motiva mesmo é o resultado, portanto não invisto muita energia em divulgação e não sei dizer qual seria o melhor caminho. Para o blog, uso grupo de facebook, às vezes o youtube e também iniciativas como essa.

Quando começou a escrever, fazia planos de seguir carreira? Sempre gostei de escrever, desde quando me lembro. Minha mãe é leitora quase compulsiva e me lembro das noites silenciosas da minha infância quando todos estávamos envolvidos com algum material impresso. Depois disso, sempre consegui boas notas em Literatura e Redação, e cheguei a ganhar alguns prêmios nesse campo, tanto na escola quanto fora. Contudo, sempre gostei de escrever contos, pois não sou muito afeito a continuações. Gosto de coisas que terminam sem precisar de várias interações (por exemplo, prefiro filmes a séries). 

Comecei a escrever o livro com essa pegada. Chegava do trabalho, colocava um álbum, sempre o mesmo, e deixava sair, o objetivo sendo conectar com a maior fluidez possível muitas mãos e meu cérebro. Minha única preocupação na escrita era a fidelidade para com o que estava na minha cabeça. Era quase como uma terapia.

Passadas algumas semanas, resolvi ler aquilo tudo e percebi que havia ali algo bem maior que um conto, e o principal, eu adorei ler o que eu mesmo havia escrito. Naquele momento resolvi não necessariamente manter uma carreira, mas investir mais tempo na prazerosa atividade da escrita. Digo que não é uma carreira porque tempos depois comecei a escrever outro livro, mas dessa vez de forma planejada. Criei as personagens e comecei a ambientar a trama em torno de política, traições, incestos, traumas, drogas e deep web. Porém, toda vez que eu começava a escrever, começava também a me sentir mal por conta do que acontecia na narrativa, e também me sentia ansioso, pois como o que eu deveria escrever já estava definido, eu queria terminar o mais rápido possível. Não havia qualquer fonte de tesão naquele formato. Assim, decidi que o foco deve ser sempre dar vazão aos pensamentos, de forma como vierem, sem planejar. Se ao final o resultado puder ser chamado de livro, ótimo, caso contrário, terão me restado apenas os momentos de prazer da execução.

A internet influencia na carreira do escritor? Apenas na medida em que me oferece uma plataforma para publicação e exposição, como a possibilidade de participar desta entrevista, por exemplo. De resto, apesar de trabalhar com tecnologia e com coisas que hoje geram até medo, como Inteligência Artificial, minhas temáticas se dão majoritariamente em ambientes retrô, noir e com uma pitada de bucolismo, ou pelo menos é isso que minha cabeça tem me entregado até o momento.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Leiam muito, por diversão e por instrução. Questionem a escrita e o enredo, se perguntem como poderia ter sido melhor. Se permitam buscar temáticas diferentes, fujam do óbvio, do chato, do repetitivo, se apaixonem pelo que não conseguem entender. Escrevam, não para leitores, mas para si mesmos. E valorizem iniciativas como esta. Escondidos em lugares como este, longe do lugar comum, da mesmice e do óbvio, pode estar a resposta do que você vem buscando.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

ENTREVISTA COM NALDO LACERDA

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? Publiquei físico e e-book: vantagem que garante mais visibilidade; desvantagem que a maioria dos meus leitores prefere livro físico.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Faça amizades com autores. Não entre nesse ramo de modo individualista.

Como vê a literatura no Brasil? A literatura no Brasil possui um caráter preconceituoso para com região Norte. No mapa literário somos esquecidos do ponto de vista de políticas públicas.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? As escolas poderiam incluir no currículo autores regionais.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Para divulgar de forma eficiente é bom usar vários métodos: marketing digital, parceria com blogueiros, uso de banners, criação de página de escritor.

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Quando comecei a escrever eu apenas pensava na realização pessoal. Hoje penso em ir mais adiante do ponto de vista de disseminar a cultura.

A internet influencia na carreira do escritor? A internet ajuda muito. Se souber usar é um ótimo trampolim.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Valorize os autores regionais: tirem fotos, façam comentários... a inspiração sempre vem com transpiração.


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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Entrevista com Eliza Edgar

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de publicar pela forma que escolheu? Apenas e-book, mas em breve, publicarei no formato físico. Preferi iniciar assim para primeiro formar um público antes de investir na impressão de livros visto a publicação virtual ser sem custo e relativamente fácil; para mim, tem sido esta a principal vantagem dos e-books. A desvantagem fica por conta dos leitores mais conservadores, que não abrem mão do livro impresso.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Converse com autores que já publicaram: tanto os independentes como os publicados por editoras. Pesquise a trajetória deles, ouça o que têm a dizer e o mais importante: acredite quando eles disserem ser difícil a ponto de você desejar desistir.

Como vê a literatura no Brasil? Por ser um país de grande desigualdade social, a arte aqui, de modo geral, por colocada como oficio/atividade de necessidade não básica, não tem incentivo e, consequentemente, o valor devido. Para "ajudar", o leitor brasileiro tem grande resistência a novos nomes nacionais, preferindo se ater aos clássicos ou best-sellers gringos.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Um primeiro passo possível seria os autores nacionais darem preferência à literatura nacional, consumindo-a em preferência à literatura estrangeira. Muitos autores hoje são influenciadores digitais, estão nas redes sociais. Todos querem ser lidos, mas alguns muitos não contribuem para a expansão do campo em que está enquadrado o próprio trabalho.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Pra ser honesta, ainda estou descobrindo o melhor meio, estou no início do processo; mas percebi que boas alianças/parcerias alavancam o nome do autor e, por consequência, trazem maior visibilidade ao seu trabalho.

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Não (risos). Comecei a escrever muito cedo, aos treze anos e, na época, por puro gosto. Só comecei a pensar em carreira após o incentivo do meu pequeno público leitor. 

A internet influencia na carreira do escritor? Não há como negar que as tecnologias e o modo como funciona o sistema de comunicação e informações da nossa era afetam nossa concepção de mundo como um todo, e o escritor, como um ser suscetível a esses agentes, não fica de fora, o que não significa, necessariamente, que são influências negativas. A internet é um excelente campo de observação de interação social.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Obrigada por contribuírem com os autores e a literatura nacional. As grandes mudanças começam por pequenos atos.

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Livros: A Prima (aqui), Resto de Vida (aqui), Resto de Vida 2: Vates de Nós (aqui), Resto de Vida 3: O Abissal (aqui)


domingo, 16 de agosto de 2020

Recado

Olá, pessoal!
Vou deixar aqui as minhas redes sociais para vocês me seguirem lá também!
Estou sempre atualizando e postando dicas!


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Grande abraço,
Gabriella

sábado, 15 de agosto de 2020

Entrevista com Ana Cláudia Esquiávo


Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? Ambos. As vantagens do online é poder ser lida em qualquer plataforma que permita esta leitura, como celulares, tablets e kindle. Principalmente durante esta pandemia onde a venda do online aumentou bastante. Já a vantagem do físico é proporcionar ao leitor a experiência tradicional de lê-lo com aquele cheiro ótimo de página de livro, que eu adoro.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Formem um público leitor, façam parcerias com igs literários, booktubers e blogueiros. Não tenham vergonha de divulgar seu livro, pois é seu trabalho. Um leitor é tão importante para um autor quanto os alunos são para os professores. Sem público não há autor.

Como vê a literatura no Brasil? Com preocupação, confesso, pois atualmente vemos muitas livrarias físicas fechando. Mas hoje vejo muitos jovens cultivando o hábito da leitura, o que não era tão incentivado na minha época de adolescente. Espero que estejamos formando uma geração de leitores e que valorizem a literatura, que é tão importante para o Brasil.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Incentivar as crianças desde cedo a terem o hábito da leitura.  Meu esposo fala que na sua infância os livros eram dados como modo de castigo. Dói muito ouvir isso. A leitura precisa ser prazerosa. Outro aspecto é a valorização dos autores brasileiros. As pessoas precisam conhecê-los mais. Há excelentes escritores no Brasil.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Pelas redes sociais, que são as principais aliadas dos escritores, pois é o local onde seu público está. As resenhas e parcerias com os influenciadores também ajudam bastante o trabalho do autor. E o contato físico com os leitores nas feiras literárias. Além de ser uma experiência prazerosa para o autor, o ajuda a conquistar seu público. 

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Sempre gostei de escrever e a matéria que eu mais gostava na escola era redação. Comecei a escrever em 2012, quando eu casei, mas só lancei meu livro na primeira edição em 2015.

A internet influencia na carreira do escritor? Sim, sem dúvidas. Tanto no aspecto da pesquisa, que é importante para desempenharmos um trabalho de qualidade, quanto no aspecto de alcançarmos nossos leitores.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Se vocês gostam de romance policial com mulheres fortes, decididas, leiam Vidas Roubadas. Conta a história da estilista Joana, presa inocentemente pelo roubo de um bebê e da jornalista Alexia, ameaçada ao investigar uma quadrilha de tráfico infantil. A vida delas dá um giro de 360 graus quando elas se conhecem e se unem para desbaratar a quadrilha. É uma história de superação, de luta e com uma forte dose de suspense.

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Livro disponível na Amazon (aqui) - (As pessoas que o avaliarem e resenharem ganharão marcadores). O livro também estará disponível no site do Editorial Eco Literário.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Entrevista com Sandra Godinho

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? O livro foi publicado de forma física pela Editora Penalux, num trabalho maravilhoso de diagramação e numa atenção diferenciada que os editores Tonho França e Wilson Gorj me deram desde as primeiras trocas de ideias a respeito dos caminhos a serem adotados até a publicação. A vantagem da publicação pela forma online é a facilidade maior de leitura, uma vez que o acesso é pleno para quem possui um dispositivo do tipo kindle. Por outro lado, há os amantes do livro físico que ainda se encantam com o cheiro e o contato do texto bem ao alcance das mãos.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? Lançar um livro não envolve apenas a dedicação do autor a uma história que ele julga essencial, é encarar o livro como um produto a ser consumido que leva a sua assinatura. É importante que tenha passado por uma leitura crítica (se possível com copidesque) e revisão. É importante também que traga um estilo próprio e originalidade. Escreva algo que seja único, não algo que seja mais do mesmo. Seja relevante.

Como vê a literatura no Brasil? A literatura no Brasil é pulsante e muito eclética, tempos novos escritores pululando por todo o país em gêneros diversos. Os autores brasileiros resistem e persistem porque a literatura é outra forma de se engajar, é fonte de conhecimento e de entretenimento, é mantenedora da cultura, retrato de costumes de uma época, fonte fidedigna de pesquisa antropológica, psicológica e social de um povo.

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Criar políticas de fomento à cultura é atribuir-lhe a devida importância, enquanto tivermos governantes que não atribuem à literatura um papel de destaque, dificilmente poderemos incutir em nossos filhos e crianças seu valor. O hábito da leitura, a capacidade crítica e de discernimento é um dos benefícios que a literatura nos traz. Então é preciso dar exemplo e o exemplo deve vir de cima, governantes, pais e professores.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Da forma que puder, ainda mais agora sem o apoio de grandes espaços livreiros: entre os amigos, pela internet, nas escolas, na imprensa, nas redes sociais, entre os amigos blogueiros que abrem espaço aos iniciantes, tudo é válido num momento em que a Arte e a Cultura do país parece decrescer, com os espaços que lhe são próprios diminuídos .

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Escrever sempre fez parte de minha vida, sempre gostei de me deixar escorrer pelas páginas em branco, mas somente recentemente é que despertei para o desejo de seguir por esse caminho de forma mais profissional, com maior embasamento teórico. Minha formação é basicamente em Estudos da Linguagem, não na literatura em si, mas sempre é tempo de se reciclar. Ou de se descobrir. Escrever é outro modo de viver. Ou de sangrar.

A internet influencia na carreira do escritor? A internet é uma ferramenta imprescindível para manter o escritor atualizado e sintonizado. Ela é valiosa para pesquisa de temas, troca de correspondência, aquisição de informação, além disso, permite o acesso a documentos e a sites especializados. O google maps, por exemplo, fornece uma visão muito real de ruas e de praças, de forma que o autor nem precisa conhecer in loco o cenário onde sua história se desenrola. Mas deve ser encarada assim, como uma ferramenta. A carreira do escritor, o amadurecimento de sua escrita vem da leitura de textos diversos e muita reescritura, apurando o texto, tirando o desnecessário. Somente se torna um bom escritor quem reescreve e revisa.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Quem lê expande sua vida porque a cada nova história, o leitor conhece novos mundos, cria empatia com pessoas e situações que, de outra forma, não teria acesso. O meu recado é para que leiam para criar conhecimento, leiam para transcender seu tempo e seu espaço. Leiam para se emocionarem com histórias que nos tornem mais humanos.


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terça-feira, 14 de julho de 2020

Entrevista com Edson Capistrano Costa

Edson Capistrano Costa, tem 53 anos, é agente de trânsito da cidade de Olinda. Pai de 3 filhos(Beatriz, Maximiliano e Maria Laura.

Como e quando começou a escrever? Desde a minha infância sempre amei escrever e já escrevia contos que as pessoas se admiravam.

Quais escritores mais te inspiram? Sempre fui um ardoroso fã de aventuras fantásticas e Roberto Howard é sem dúvida um exemplo a ser seguido.

Quais são seus livros favoritos? Amo todos os livros de aventuras e ficção e lembro de um que tinha em minha casa ainda criança(O senhor dos anéis).

Como foi o processo de publicação do seu primeiro livro? Não foi uma experiência muito boa, sofri com atrasos e tive muitos gastos financeiros, o que prejudicou muito no processo de entrega, a ansiedade foi à mil.

Quais dicas você compartilharia com quem deseja fazer publicações também? Diria para ter muita paciência, algum dinheiro reservado para fazer a capa, diagramação, revisão e por aí vai... Isso, claro se optarem por serem autores independentes.

Como é o processo de criação dos seus personagens? O processo de criação dos meus personagens vem desde a minha infância. Já tinha todos eles em minha mente. Quando completei dez anos meus personagens já estavam todos processados, prontos para se eternizar nas quadrilogias do universo de Yuthan.

Quais eventos literários você já participou como escritor e leitor? Sempre fico atento aos eventos literários que acontecem em Pernambuco. Tive o prazer de ir como leitor da Bienal do livro em Olinda e como escritor na reabertura da biblioteca pública de Olinda. Fiz também uma breve apresentação do meu trabalho na Fliporto. Sigo aguardando novos convites, o mundo precisa conhecer o meu trabalho.

Além da escrita, o que mais você gosta de fazer? Sou um homem mais reservado gosto de curtir minha família, e posso dizer com sinceridade que quando faço minhas caminhadas e chego em casa, o que me causa paz e tranquilidade é uma boa dose de café adoçado com mel de abelha. O café me dá um UP para escrever.

Pode compartilhar com a gente quais são seus projetos futuros? Tenho vários projetos, vou revelar dois que eu tô querendo muito que se concretize. Depois que concluir a minha quadrilogia, pretendo escrever um livro de auto ajuda, tenho muito amor à vida e quero compartilhar meus conselhos com todos que anseiam por um pedido de socorro. Vai se chamar “O lago das minhas águas”. E tô querendo lançar um livro infantil também em homenagem aos meus filhos. Quero que eles saibam o quanto os amo e o quanto eles são importantes na minha vida. 

Sinopse do livro: Num distante mundo chamado Yuthan, os seus sete reinos sofrem com as guerras, a carnificina, a destruição com as cinzas das suas principais cidades consumidas em chamas se confundindo com as nuvens no céu persistindo por quase cem anos. Quando sobre uma épica batalha entre as duas mais poderosas nações deste mundo, uma ínfima luz começa a surgir, o seu brilho segue aumentando, aumentando... até que diante dos ensanguentados e moribundos soldados, um meteoro vem a se chocar, e deste dia em diante, todo o destino de um mundo inteiro será moldado pela volta da paz.

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(Livro disponível no Formato Físico)

sábado, 11 de julho de 2020

Entrevista com Paula R. Cardoso Bruno

Publicou o livro de forma física ou online? Quais as vantagens e desvantagens de se publicar pela forma que escolheu? Comecei publicando no Clube de Autores em 2011. Lá eu tinha a opção de físico e ebook, mas em 2017 entrei na Amazon exclusivamente com os ebooks. Desse modo no Clube ficaram apenas alguns físicos. Publicar em ebook, especialmente na Amazon, tem várias vantagens, a mais clara é o preço. Lá eu consigo publicar os livros a partir de apenas R$1,99 - um valor que acredito ser bem baixo e acessível apesar de toda a dedicação e trabalho envolvido. Posso dizer que levo meses até que a ideia se forme e feche completamente na minha cabeça até que todo o processo seja finalizado. Antes de começar a tomar corpo no computador preciso que a trama esteja completa, não vou criando e escrevendo. Alguns autores fazem fichas, rascunhos e roteiros. Eu não sigo exatamente essas etapas, tenho uma metodologia própria na construção, ou melhor, no relato e transcrição dos sonhos, raiz da maioria das minhas histórias. Alguns dos meus livros chegam a passar fácil das 400 páginas, mas mesmo assim mantenho preços baixos. Alguns eu até coloco um pouco a mais, mas nada comparado ao preço praticado em 2011 na outra plataforma. Desse modo, além do KindleUnlimited, o leitor tem a oportunidade de comprar vários livros na Amazon e curtir as histórias, que é o objetivo de todo autor, ser lido.

Qual o seu conselho para as pessoas que querem lançar um livro? O conselho que sempre dou é: Escreva aquilo que você gostaria de ler. Sei que existem as modinhas e os temas que estão em alta, que muitos autores escrevem seguindo as tendências, mas eu não me enquadro muito nessa metodologia de “busca” pelo leitor. Talvez não seja a melhor estratégia para estar entre as autoras mais lidas, mas é assim que sempre fiz e será assim sempre.

Como vê a literatura no Brasil? A literatura brasileira é extremamente rica. Temos os clássicos, os grandes autores que estão na mídia e recebem grandes incentivos, mas existe uma infinidade de nomes, ainda desconhecidos, que escrevem histórias incríveis. O brasileiro é criativo demais e merecia ter um espaço maior para expor as suas histórias. O incentivo dado aos grandes autores deveria ser estendido aos “anônimos”. Isso é uma utopia? Com certeza, mas sonhar faz parte da essência de todo autor.

Nesse ponto é preciso destacar que plataformas como o Clube de Autores e a Amazon colaboram muito para que o autor independente tenha a chance de ser lido. Nem todo mundo tem condições de investir em uma grande editora, isso quando tem a chance de ter o seu original aceito. É um universo muito seletivo, mas muito político, também. É preciso que haja uma intervenção, caso contrário o seu original ficará encalhado com muitos outros. É triste, mas é a verdade.

As pequenas e médias editoras estão abrindo mais portas para os autores nacionais, mas é um longo caminho a ser percorrido. Os eventos literários, como a FLIP e a Bienal também são espaços importantes para a literatura nacional. Ainda não tive a oportunidade de estar lá em um stand de editora, mas quem sabe um dia!

O que é preciso para que a literatura nacional seja mais valorizada? Incentivo a leitura desde a infância não apenas na escola, mas dentro de casa. Infelizmente ainda temos um número muito grande de pessoas que não valorizam a contação de histórias desde os primeiros anos de vida. A meu ver, apresentar o universo da fantasia estimula a imaginação, a criação, mas também o senso crítico. A criança é colocada diante de termos novos e buscará saber do que se trata. São benefícios intermináveis que terão reflexo na sua formação, inclusive, como cidadão.

A criança que cresce com um livro na mão com certeza se tornará um grande leitor e propagará a ideia. Ela se aproximará de pessoas que gostam do mesmo tipo de história, criará vínculos e amizades muito mais saudáveis.

Posso até dar o meu depoimento como filha e como mãe.

Eu cresci em meio aos livros. A minha mãe fazia parte do antigo “Círculo do Livro” que hoje muita gente sequer conhece. Ela sempre leu, eu e o meu irmão, seguimos o mesmo caminho. Crescemos lendo Monteiro Lobato. Aliás, eu lia as histórias em voz alta enquanto os meus pais preparavam o jantar. Era uma forma de me introduzir no mundo da literatura e praticar a leitura em voz alta. Fiz o mesmo com os meus filhos. Tanto a Luisa, quanto o Luiz gostam de ler. A Luisa, inclusive, já está envolvida no universo literário. Ela, que tem 24 anos, já publicou o seu primeiro conto, o meu genro também é autor, mas eles atuam mais nos bastidores, com revisão, por exemplo.

Como faz para divulgar o livro? Qual a melhor forma? Eu uso as minhas redes sociais e todas as ferramentas disponíveis. Fazer parte de grupos, usar as tags literárias e interagir com os leitores ajuda muito nessa construção do público.

Quando começou a escrever, já fazia planos de seguir carreira? Comecei em 2011, mas não com as minhas obras. Eu sempre quis escrever, mas tinha medo de me expor. Comecei então escrevendo FICs de Crepúsculo ainda no Orkut. Foi nessa época que escrevi o meu primeiro romance “Destino” e enviei para todas as leitoras da minha comunidade como presente de Natal daquele ano. Elas gostaram e foi o ponto de partida para que a coragem me dominasse.

Eu não tinha planos de seguir em frente. Os primeiros livros foram literalmente dados, mas com o tempo fui me envolvendo. Hoje a vida de escritora faz parte de mim.

A internet influencia na carreira do escritor? A internet sem dúvida facilita a nossa vida. Por meio da internet publicamos os livros e trabalhamos na divulgação. As redes sociais são uma verdadeira ponte entre o autor e o leitor.

Deixe um recado para seus leitores e seguidores do blog: Gostaria muito de agradecer inicialmente por essa oportunidade de estar expondo um pouco sobre a minha história como autora. Foi incrível. Senti-me imensamente feliz quando recebi o convite. Estou literalmente sorrindo.

Aos meus leitores eu só posso agradecer pela honra de lerem os meus sonhos. Amo quando me procuram e os debates que travamos inbox nas redes sociais sobre os livros. Esse envolvimento é tão incrível que me dá gás para seguir escrevendo.

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